Se há algo que aprendi nos últimos anosenquanto profissional de design e marketing é que nada fica parado por muito tempo. Mas este ano, está a ser particularmente desafiante. Pela primeira vez em muito tempo, sinto que estamos a assistir a uma mudança de jogo séria, uma daquelas alterações que nos obriga a repensar tudo o que achávamos que sabíamos. Estou a falar dos AI Overviews.
Estive a analisar sites que ainda não sofreram alterações aparentes no entanto estou alerta pelo que a Ahrefs vieram afirmar: os resumos feitos por inteligência artificial (AI Overviews), que agora aparecem diretamente nos resultados do Google, estão a “roubar” uma parte importante dos cliques que antes iam para os nossos sites.
Neste artigo, quero explicar-te tudo isto de forma simples. Vais perceber exatamente o que são os AI Overviews, o que nos dizem os estudos mais recentes, o que é que o próprio Google já assumiu sobre o tema e, mais importante ainda, como é que podemos adaptar-nos a esta nova realidade. Porque, sim, ainda há espaço para o SEO só precisamos de mudar a forma como o fazemos.

O que são AI Overviews?
Imagina isto: pesquisas no Google por uma dúvida ou questão e, em vez de aparecerem os típicos links com títulos em azul, recebes logo um pequeno resumo no topo da página, que responde de forma direta ao que procuraste. Esse resumo, que parece ter sido escrito por uma pessoa, é na verdade gerado por inteligência artificial. A isto chamamos AI Overviews.
Esta funcionalidade faz parte da nova abordagem do Google ao que chama de “Search Generative Experience”. Em vez de te mostrar várias opções para tu clicares e ires investigar, o Google dá-te logo uma resposta direta, recolhida de várias fontes, normalmente sem que tenhas sequer de sair da página.
Pode parecer conveniente para quem pesquisa. Mas para quem cria conteúdo, tem um blog, gere uma loja online ou um site institucional…isto muda tudo.
Sinto que, com os AI Overviews, estamos a competir não só com outros criadores de conteúdo, mas também com o próprio Google. Porque ele está a usar partes do nosso conteúdo para criar um resumo, e muitas vezes as pessoas já não sentem necessidade de clicar para ler o resto. E isso tem impacto direto no tráfego orgânico.
O Estudo da Ahrefs: O que nos diz?

Assim que tive acesso ao estudo da Ahrefs sobre o impacto dos AI Overviews, li cada parágrafo com atenção. Afinal, como profissional que trabalha com SEO, quero ter dados concretos para perceber exatamente onde podemos perder terreno para poder alterar e antecipar.
Segundo o estudo publicado em abril de 2025, a Ahrefs analisou 300.000 palavras-chave com intenção informativa, ou seja, aquelas pesquisas em que o utilizador procura aprender algo ou esclarecer uma dúvida. Ao comparar essas palavras com e sem AI Overviews nos resultados, a conclusão foi clara: a taxa média de cliques para a primeira posição desceu 34,5% quando havia AI Overviews presentes.
Significa que mesmo estando no primeiro lugar orgânico, podemos estar a perder um terço dos cliques simplesmente porque o Google respondeu por nós. Não só os utilizadores deixam de clicar, como ficam satisfeitos com aquele parágrafo de resumo e seguem com a sua vida. O nosso conteúdo fica ali, enterrado logo abaixo da resposta automática, como se fosse uma nota de rodapé.
Os dados foram recolhidos entre março de 2024 e março de 2025, antes e depois da implementação dos AI Overviews nos Estados Unidos. Foram usados dados reais do Google Search Console, o que dá ainda mais peso às conclusões.
Claro que este impacto não é homogéneo em todas as áreas. Há nichos onde o tráfego se manteve relativamente estável, principalmente onde a intenção de compra está presente. Mas para conteúdos informativos, como tutoriais, guias passo-a-passo, explicações técnicas, a diferença é brutal.
Isto leva-nos a uma reflexão inevitável: se o Google já está a dar as respostas que antes vínhamos buscar aos sites, que papel resta ao conteúdo original? Como é que nos adaptamos a isto sem perder o valor do nosso trabalho? Essas são perguntas a que vou tentar responder nos próximos tópicos, com base não só em dados, mas também na minha experiência estratégica.
A Posição Oficial da Google

Sempre que há uma mudança desta dimensão, gosto de ir diretamente à fonte. O que é que a própria Google diz sobre isto? Quais são as intenções por detrás desta funcionalidade?
Em comunicados oficiais e artigos no blog da Google, a empresa tem defendido os AI Overviews como uma forma de tornar a pesquisa mais útil e eficiente para os utilizadores. A Google diz que, com esta abordagem, está a poupar tempo às pessoas, ajudando-as a encontrar rapidamente respostas que antes exigiam visitar vários sites.
Segundo o blog oficial da Google, os AI Overviews são projetados para complementar, e não substituir, o conteúdo dos criadores. Aliás, afirmam que os links incluídos dentro dos resumos recebem mais cliques do que se estivessem listados de forma tradicional.
Na prática, no entanto, não é bem isso que Ahrefs indica. Quando os utilizadores obtêm uma resposta clara no próprio motor de pesquisa, a tendência natural é não clicar em mais nada. O resumo serve como resposta final.
Claro que a Google tem um interesse legítimo em manter os utilizadores na sua plataforma o máximo de tempo possível. Quanto mais completa for a experiência dentro do próprio motor de pesquisa, menos os utilizadores saem, e isso significa mais tempo de permanência, mais oportunidades de mostrar publicidade, mais controlo do ecossistema.
Não estou a dizer que a Google está errada. Mas do ponto de vista de quem produz conteúdo, e depende do tráfego para gerar leads, vendas, subscrições ou simplesmente visibilidade, isto muda muito a equação. Já não basta estar na primeira posição. Agora é preciso perceber como competir com a própria estrutura da SERP (Search Engine Results Page), que está cada vez mais dominada por elementos gerados por IA.
Nos próximos tópicos, vou refletir como estes resumos estão a afetar diretamente a taxa de cliques, o comportamento do utilizador e o que podes fazer para adaptar a tua estratégia de conteúdo.
Porque os AI Overviews estão a reduzir os cliques
Agora que já te expliquei o que são os AI Overviews, o que revelam os dados da Ahrefs e o que diz a própria Google, é altura de olharmos para o porquê real desta quebra de tráfego orgânico. Porque é que os utilizadores estão a clicar menos? A resposta é tão lógica quanto inquietante: porque já não precisam.
Repara, o comportamento das pessoas mudou. Estamos cada vez mais habituados a receber respostas rápidas, diretas, quase instantâneas. Ninguém quer perder tempo a abrir 4 ou 5 sites para encontrar a melhor explicação. E o Google sabe disso. Com os AI Overviews, ele está a entregar aquilo que o utilizador quer de forma imediata.
Mas há aqui um detalhe importante que tenho observado nas minhas próprias análises: os AI Overviews não incentivam à ação enão têm o foco no público final em Portugal temos resultados em pt-br em vez de pt-pt.. Explicam, resumem, mas não envolvem. Não geram ligação emocional, não despertam curiosidade, não criam uma jornada. E é precisamente isso que fazia com que os utilizadores clicassem nos nossos conteúdos. Queriam saber mais, ver o todo, explorar em detalhe. Agora, muitas vezes, acham que já têm tudo ali.
Outro fator é o próprio design dos resultados de pesquisa. Os AI Overviews ocupam muito espaço visual no topo da página, empurrando os resultados orgânicos para baixo. Mesmo que estejas em primeiro lugar, podes já estar abaixo da dobra (ou seja, fora da zona visível no ecrã, sem scroll).
E depois há um ponto que ainda está pouco falado, mas que acho essencial referir: a confiança do utilizador na resposta automática. Ao contrário do que se poderia esperar, muitas pessoas confiam nesses resumos por virem do próprio Google. É como se fosse uma validação oficial. E isso reduz ainda mais o impulso de ir verificar noutras fontes.
Isto coloca-nos, a nós criadores e profissionais que trabalham com SEO, numa nova posição. Já não basta competir por rankings. Agora temos de pensar em como fazer com que os nossos conteúdos tenham valor para além da resposta rápida dos AI Overviews. Temos de trabalhar mais o contexto, a profundidade, a experiência. E, acima de tudo, temos de repensar a forma como estruturamos e apresentamos a informação.
Nos próximos capítulos, vou partilhar contigo exatamente o que tenho vindo a testar, o que está a funcionar e o que já não traz resultados. Porque acredito que, mesmo neste novo cenário, há formas inteligentes de fazer com que os nossos conteúdos brilhem. Mesmo debaixo da sombra da IA.
O que muda na Estratégia de Conteúdo com os AI Overviews?
Esta é, provavelmente, a parte mais importante deste artigo, e também aquela que me tem dado mais dores de cabeça (mas daquelas boas, que nos fazem crescer). Porque a pergunta que todos andamos a fazer é: como devemos escrever, estruturar e posicionar os nossos conteúdos nesta nova realidade?
Posso dizer-te desde já que continuar a fazer o mesmo de sempre já não chega. Os textos generalistas, reciclados, que apenas repetem o que já está em toda a internet, não têm hipótese de se destacar quando a primeira coisa que o utilizador vê é um resumo gerado por IA com as informações mais comuns. Temos de ir além disso.
O que tenho feito acredito que possa residir a diferença: é apostar em conteúdos que ofereçam algo que a IA ainda não consegue replicar bem: experiência pessoal, contexto específico, opinião fundamentada, e acima de tudo, profundidade. Quando crio um artigo ou uma landing page, penso: o que posso dizer aqui que os AI Overviews não vão conseguir dizer em duas frases?
Também passei a estruturar os conteúdos de forma mais clara, com subtítulos descritivos, respostas diretas às perguntas mais comuns, e exemplos muito práticos. Estou a aplicar técnicas de AEO (Answer Engine Optimization), para garantir que o conteúdo é facilmente interpretável pelo Google, mas ao mesmo tempo suficientemente humano para ser útil a quem lê tudo até ao fim.
Outra mudança importante foi a incorporação de elementos multimédia, vídeos curtos, infografias interativas, demonstrações. Tudo o que torne o conteúdo mais rico e que incentive o utilizador a permanecer mais tempo na página. Isto ajuda não só com o SEO tradicional (tempo médio no site, taxa de rejeição, etc.), como também com a fidelização do público.
E, talvez o mais importante: a forma como promovemos os nossos conteúdos. Se antes bastava contar com o tráfego orgânico, agora é crucial criar canais alternativos, newsletters, redes sociais, conteúdos distribuídos por parceiros, para garantir que aquilo que escrevemos chega, efetivamente, a quem precisa de o ler. O SEO já não vive apenas do Google. E isso, por estranho que pareça, pode ser libertador.
Nos próximos tópicos, vou partilhar contigo as práticas específicas que estou a seguir para adaptar os meus conteúdos ao novo ambiente digital. Algumas são técnicas, outras mais estratégicas. Mas todas têm um objetivo comum: manter o conteúdo visível, relevante e clicável, mesmo quando o Google decide responder por nós.
Como preparar os teus conteúdos para esta nova realidade
Se chegaste até aqui, já percebeste que estamos a viver uma nova era no SEO. Não é o fim do conteúdo orgânico, mas sim uma mudança profunda na forma como ele deve ser construído e apresentado. E eu, que vivo com base na estratégia de comunicação todos os dias, estas alterações impactam a forma de pensar, de agir e posso dizer-te: ainda dá para vencer o jogo, só precisamos de mudar as regras com que jogamos.
O primeiro passo que dei foi olhar para o meu conteúdo com olhos de utilizador. Perguntei-me, este texto responde mesmo à dúvida que alguém possa ter? Está a acrescentar algo que os AI Overviews não conseguem? Porque se o nosso conteúdo não for excecional, o utilizador não tem razão nenhuma para clicar. Por isso, comecei a ser mais intencional. Menos palha, mais substância. Menos volume, mais valor, mas em tudo o que entregamos.
Depois, comecei a aplicar o princípio da “otimização para contexto”. Em vez de pensar só em palavras-chave, passei a pensar em tópicos. Escrevo artigos completos sobre temas que realmente importam ao meu público. Faço perguntas dentro do próprio texto e respondo com clareza. Tento prever dúvidas. E sempre que posso, partilho exemplos reais. Isso cria confiança. E a confiança ainda vale muito para o Google.
Outra coisa que fiz foi apostar forte em conteúdo com assinatura. Mostrar quem está por trás do que está escrito. Colocar nome, biografia, provas de experiência. Isto está ligado ao famoso E-E-A-T (já lá vamos), mas também é importante para os leitores. Num mundo dominado por conteúdos anónimos gerados por IA, mostrar o lado humano é um trunfo.
E depois há a estrutura técnica. Tenho trabalhado com dados estruturados, marcação Schema, perguntas frequentes bem posicionadas, e claro, títulos que são perguntas completas, porque é assim que as pessoas pesquisam hoje. Também passei a testar variações mais longas de keywords, focadas em dúvidas reais. Por exemplo, em vez de tentar ranquear para “marketing digital”, procuro “como criar uma estratégia de marketing digital em 2025 com IA”.
E não me esqueço da experiência. Páginas que carregam rápido, que funcionam bem no telemóvel, que são agradáveis de ler. SEO técnico ainda conta. Mas agora, ele serve um propósito maior: manter as pessoas connosco, depois de clicarem. Porque só assim mostramos ao Google que o nosso conteúdo vale a pena.
Se estiveres a rever os teus próprios conteúdos, desafio-te a fazer uma auditoria honesta: este artigo tem algo único? Está bem estruturado? Dá vontade de ler? É fácil de navegar? Acrescenta valor? Se a resposta for sim a tudo, estás no bom caminho para continuar a ter relevância, mesmo neste novo cenário.
No próximo ponto, vamos falar do papel que o E-E-A-T tem nesta equação. Porque mais do que nunca, é a confiança que faz a diferença entre ser lido… ou ser ignorado.
O papel do E-E-A-T
Há alguns anos, quando comecei a ouvir falar do E-A-T (Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness), confesso que achei que era só mais uma buzzword do Google. Mas o tempo mostrou que este conjunto de critérios se tornou um dos pilares da avaliação de qualidade dos conteúdos. E agora, com o “E” extra, de Experience, a importância do E-E-A-T em 2025 é simplesmente central.
Tenho visto, com dados reais, que conteúdos que demonstram claramente experiência, conhecimento prático e autenticidade têm melhor desempenho, mesmo quando enfrentam a concorrência de AI Overviews. E isto faz todo o sentido: o Google quer garantir que está a mostrar informação confiável, escrita por pessoas reais, com base em vivências reais.
Por isso, comecei a dar muito mais atenção a quatro dimensões:
Experience (Experiência) Contar histórias pessoais, partilhar resultados que obtive, erros que cometi e lições que aprendi. Mostrar que passei por aquilo sobre o qual estou a escrever. Isto cria empatia com o leitor e passa um sinal fortíssimo de autenticidade ao Google.
Expertise (Especialização) Não basta escrever bem. É preciso demonstrar conhecimento de causa. Uso fontes credíveis, cito estudos (como o da Ahrefs), menciono tendências reais do setor. E, sempre que possível, incluo análises e interpretações próprias. Isso distingue o meu conteúdo dos resumos automáticos.
Authoritativeness (Autoridade) Aqui entra o meu posicionamento enquanto profissional. Tenho reforçado a minha presença online, atualizado perfis, participado em eventos e referenciado os meus próprios trabalhos. Também procuro obter backlinks de fontes relevantes e ser citada em contextos que reforcem a minha reputação.
Trustworthiness (Confiabilidade) Um site seguro, com política de privacidade clara, informação de contacto visível e uma presença transparente nas redes sociais, ajuda. Mas mais do que isso, é o tom que usamos que faz a diferença. Ser honesto, admitir quando não sabemos tudo, e evitar promessas exageradas é meio caminho andado para ganhar a confiança do leitor e dos motores de pesquisa.
A lição aqui é clara: ser humano e mostrar isso tornou-se, ironicamente, a melhor forma de competir com a inteligência artificial. Nos próximos pontos, vou mostrar como isto se cruza com outras formas de otimização que ganham força em 2025, a AEO e a AIO.
A Importância da Otimização para AEO e AIO
Agora que já falámos de E-E-A-T, quero levar-te a explorar dois conceitos que têm sido absolutamente cruciais na forma de trabalhar SEO em 2025: AEO e AIO. São dois termos relativamente novos, mas que já fazem toda a diferença na maneira como estruturamos, produzimos e posicionamos conteúdo.
Comecemos pelo AEO (Answer Engine Optimization). O nome pode parecer técnico, mas a ideia é bastante simples: em vez de pensarmos em otimizar apenas para palavras-chave, passamos a otimizar para respostas. Ou seja, o foco está em antecipar as perguntas que os utilizadores fazem e responder-lhes de forma clara, concisa e útil.
Tenho aplicado esta abordagem nos meus conteúdos com excelentes resultados. Por exemplo, crio secções com perguntas exatas, como “Como funciona o algoritmo de pesquisa da Google em 2025?” ou “Como proteger o meu tráfego orgânico dos AI Overviews?”, e respondo logo a seguir com linguagem simples e direta. Muitas dessas respostas acabaram por ser destacadas em featured snippets e algumas foram integradas nos próprios AI Overviews.
Além disso, adapto o estilo do texto para ser facilmente digerido pela IA do Google. Frases curtas, estrutura clara, uso de listas numeradas quando faz sentido, e respostas que não passam de 2 ou 3 parágrafos. O segredo está em parecer útil tanto para o utilizador como para o algoritmo.
Depois temos o AIO (Artificial Intelligence Optimization). Este conceito refere-se à forma como usamos a inteligência artificial (como o ChatGPT, Gemini ou outras ferramentas) na produção de conteúdo. E aqui há uma linha muito fina entre facilitar o processo e prejudicar o resultado.
Tenho trabalhado com IA todos os dias, mas nunca publico um texto que não passe primeiro por uma revisão humana criteriosa. A IA ajuda-me a estruturar ideias, a gerar versões alternativas de parágrafos, até a fazer brainstorming de tópicos. Mas o toque final a voz, a emoção, a empatia essa parte tem mesmo de ser minha.
O Google já deixou claro que está atento à qualidade dos conteúdos gerados por IA. E os sinais que vejo nos dados confirmam isso: textos frios, genéricos e redundantes estão a ser penalizados. Por isso, a otimização para AIO passa por integrar a IA no processo criativo, mas nunca como substituto da nossa experiência e do nosso olhar crítico.
Em suma, a AEO ajuda-me a tornar o conteúdo mais útil e visível, e a AIO permite-me ser mais produtiva sem sacrificar qualidade. São duas ferramentas poderosas mas como todas as ferramentas, dependem de quem as usa. Se fores estratégico e cuidadoso, podes transformar ambas num verdadeiro fator diferenciador competitivo.
Já a seguir, vou partilhar contigo as ferramentas que estou a usar para aplicar estas estratégias e acompanhar os seus resultados. Porque fazer SEO sem boas ferramentas é como tentar navegar sem bússola.
Ferramentas recomendadas para adaptares a tua estratégia
Ao longo destes meses, experimentei dezenas de ferramentas para perceber quais me ajudam mesmo a adaptar-me a este novo cenário do SEO com AI Overviews. E posso dizer-te quais são, neste momento, os meus verdadeiros aliados.
A primeira, e talvez mais óbvia, é o Google Search Console. Sei que parece básico, mas continua a ser a ferramenta mais fiel para perceber o que está a acontecer com o nosso tráfego orgânico.
A seguir, tenho usado intensivamente o Semrush, Ubbersugest e Screaming Frog, especialmente a ferramenta de análise de SERPs e o histórico de posições. As métricas de tráfego estimado ajudam-me a prever o impacto da perda de visibilidade. A funcionalidade de comparação entre palavras-chave com e sem AI Overviews foi fundamental para ajustar prioridades.
Para produção de conteúdo, continuo a usar o ChatGPT ou o Claude, mas com moderação e consciência. É ótimo para brainstorming, estruturação de ideias, criação de esboços. Mas o texto final passa sempre pelo meu toque pessoal. Também uso o Grammarly para revisão de estilo e correção gramatical.
Outra ferramenta que me tem surpreendido muito é o AlsoAsked ou o AnswerThePublic. Serve para identificar perguntas relacionadas com um determinado tema, o que é perfeito para aplicar AEO. Com ela, consigo perceber quais são as dúvidas reais das pessoas e incluir essas perguntas (e respostas) no meu conteúdo. Muitas vezes, são essas entradas que captam a atenção do Google e acabam por ser incluídas nos snippets ou nos próprios AI Overviews.
O mais importante é entenderes para que servem e como podem ajudar-te. Às vezes, basta começares com duas ou três bem usadas para começares a ver resultados reais.
Na conclusão, vou deixar-te uma visão pessoal sobre o futuro do SEO porque acredito que, mesmo após desta revolução com os AI Overviews, ainda temos muito espaço para brilhar.
SEO não morreu, mas evoluiu
Cheguei ao fim desta longa partilha, mas não ao fim do SEO, muito pelo contrário. O que 2025 me tem mostrado, dia após dia, é que estamos a viver uma revolução silenciosa. Uma transformação que não destrói o que construímos até agora, mas que exige que olhemos para o futuro com novos olhos, mais críticos e mais estratégicos.
Os AI Overviews são um reflexo claro do mundo em que vivemos: imediatista, automatizado, sedento por respostas rápidas. E sim, é verdade que este novo formato está a “comer” parte do tráfego que antes vinha naturalmente até nós. Mas também é verdade que isso nos está a obrigar a ser melhores mais humanos, mais autênticos, mais relevantes.
O SEO de hoje já não é feito só de palavras-chave e backlinks. É feito de confiança, de experiência demonstrada, de empatia com quem está do outro lado do ecrã. Nunca o meu trabalho de criação de conteúdo teve tanto foco na utilidade real, na clareza da linguagem e na estrutura pensada para servir. E, honestamente, nunca tive tanta satisfação ao ver resultados a subir mesmo com menos cliques à disposição porque não vai afetar apenas os meus resultados, vai afetar todos os resultados de uma forma geral.
Se há algo que te posso deixar como conselho final, é isto: não entres em pânico. Adapta-te. Aprende. Testa. O algoritmo pode mudar, as funcionalidades podem evoluir, mas as pessoas continuam a querer informação verdadeira, bem explicada e escrita com intenção. E isso, por agora, continua a ser o nosso superpoder.
A otimização para motores de pesquisa em 2025 não morreu, simplesmente transformou-se. E se fores capaz de acompanhar essa transformação com inteligência e criatividade, vais continuar a brilhar. Mesmo com a IA a dominar o palco.