Acredito que associamos a ideia de automação à ideia de facilidade. Uma espécie de promessa moderna de que, com meia dúzia de cliques, será possível escalar a criação de conteúdo, ganhar tempo e aumentar resultados. Mas agora, depois de semanas a tentar começar a criação de conteúdo com automação, posso dizer: nada disto é automático. Pelo menos não no início.
O que devo ter ciente do que devo saber antes de iniciar uma automação na criação de conteúdo ter bases de SEO, criação de Prompts, conhecimento sobre Agentes IA, criação de ficheiros Excel, Mind Maps e claro depois precisas das soft skills para ultrapassar os desafios.
O que trago aqui é a minha experiência atual, em começar a criação de conteúdo com automação, o meu “work in progress“, o meu processo atual. É o relato real de quem está a meio do processo, para começar a criação de conteúdo com automação, cheio de erros, dúvidas, noites mal dormidas e ficheiros com versões contraditórias de ideias que ainda não estão bem resolvidas. Porque antes de abrir o Make ou o N8N, antes até de escrever o primeiro prompt com IA, o verdadeiro trabalho é mental. É estratégico. É duro. E ninguém te avisa desta parte, porque no fim ainda tens o handicap com quem posso trocar ideias?, a quem posso perguntar? É apenas complicado…

A ilusão do botão mágico: onde tudo começou
Quando decidi começar a criação de conteúdo com automação para complementar a minha estratégia em Marketing Digital, o objetivo parecia claro: ganhar escala. Queria conseguir publicar mais, dar mais contexto às minhas páginas, com qualidade.
Percebi que o que eu achava que era um problema de apenas aprender o programa, era, na verdade, um problema de definição e redefinição de como pensar e abordar os problemas. Definir o quê, como, para quem e porquê.
Não sabia ainda o que realmente queria criar. Aliás, para começar a criação de conteúdo com automação acreditava que já tinha a ideia do concreto e necessário para começar a criar, no entanto, tinha ideias vagas, faltava-me clareza. E isso atrasa tudo.
Os erros que cometi (e que provavelmente também vais cometer)
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Começar pela ferramenta em vez do problema
Abri o Make.com antes sequer de saber o que queria automatizar com a clareza que tenho neste momento e que concerteza não será a final porque ainda estou no processo. Estive horas a criar cenários, a integrar APIs, a testar chamadas… para no final perceber que nem sabia bem como publicar o outpout final.
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Saltitar entre ideias e não fechar nenhuma
Queria criar conteúdos otimizados em SEO para páginas, no outro já estava a estruturar descrições para páginas com variáveis de localização. Resultado? Três fluxos a meio, nenhum funcional.
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Achar que o bloqueio era técnico (mas era mental)
Passei dias a tentar resolver problemas de formatação ou autenticação de APIs, quando o verdadeiro bloqueio era outro: não ter ainda definido todos os caminhos possíveis no fluxo.
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Ignorar a importância da visualização estratégica
Foi quando descobri o Whimsical.com que comecei a respirar. Ali, finalmente, consegui colocar visualmente os caminhos que estava a pensar e visualizar com clareza. E percebi uma coisa fundamental: só se mexe no Make ou N8N quando o fluxo está fechado, mental e estrategicamente.
O verdadeiro início: a clareza vem antes da automação
O erro maior, talvez o mais comum de quem está a começar a criação de conteúdo com automação, é confundir ferramenta com a solução. A pensar que estava a criar soluções antes da ferramenta também caí nesse erro.
A ferramenta é o fim, não o início.
Para começar a criação de conteúdo com automação, antes de tudo, precisas responder a perguntas duras:
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Que tipo de conteúdo quero automatizar?
- Qual é o objetivo deste novo conteúdo?
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Qual a estrutura ideal desse conteúdo?
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Quem é que o vai consumir? Qual é o canal? Com que frequência?
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Como saberei se está a funcionar?
Foi só depois de escrever estas perguntas numa folha, pensar em cada ponto, apagar e reescrever múltiplas vezes, que comecei a ter alguma ordem no pensamento. E só aí o Whimsical fez sentido, como um espelho da minha mente em caos, que precisava ser estruturada.
O poder do Fluxo (e porque é que me salvou de desistir)
Se estás a começar a criação de conteúdo com automação, o Whimsical.com pode ajudar.
Ali comecei a:
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Mapear o step-by-step que tinha na minha cabeça e perceber as falhas
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Identificar entradas e saídas (inputs/outputs)
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Simular condições de ramificação (if/else), como num verdadeiro algoritmo
De repente, deixou de ser sobre escrever artigos com IA e passou a ser sobre desenhar experiências de conteúdo. O salto foi gigante.
As horas mal dormidas… e os momentos “eureka”
Houve noites em que dei por mim às 2h da manhã a testar um caminho novo no fluxo, só para no dia seguinte perceber que fazia mais sentido voltar atrás. O mais frustrante? Para começar a criação de conteúdo com automação o que consome mais tempo não é a configuração técnica, é o raciocínio, pelo menos até agora.
Quando se está a começar a criação de conteúdo com automação, é necessário perceber a jornada do utilizador, prever exceções, construir lógicas claras, isso não se resolve com tutoriais no YouTube ou com aulas pré-feitas porque o que pretendo é específico e único. Resolve-se com papel, caneta e muita frustração construtiva.
Ainda estou no processo… e tudo bem com isso
Para começar a criação de conteúdo com automação este artigo não é o fim de um percurso. É um checkpoint. Estou a meio.
Começar a criação de conteúdo com automação não é um projeto técnico. É um projeto mental. E não é para todos, precisas de muita resiliência.
Quando se fala de IA e em começar a criação de conteúdo com automação, fala-se muito de velocidade, mas pouco de clareza. E sem clareza, tudo falha, seja o melhor prompt do mundo ou o cenário mais avançado no Make.ai ou N8N
O lado solitário (e muitas vezes desmotivante) de começar a criação de conteúdo com automação
Para começar a criação de conteúdo com automação uma das coisas que ninguém me disse e que ninguém parece dizer é o quanto este processo é solitário. Passamos horas a desenhar fluxos, a testar ideias, a simular caminhos alternativos, tudo sem grandes garantias de que estamos sequer no rumo certo.
É difícil explicar a alguém “de fora” porque é que passei uma manhã inteira só a rever se a lógica de um filtro numa automação fazia sentido. Ou porque é que fiquei até tarde só para perceber que afinal o conteúdo gerado não encaixava com o objetivo final.
E a verdade é esta: não há um grupo de apoio para quem está a tentar criar sistemas de conteúdo automáticos do zero. É um processo interno. Mental. Muitas vezes frustrante.
É muito errar. É muito testar. E sim, às vezes dói na carteira.
Outro ponto que raramente é falado em que para começar a criação de conteúdo com automação: alguns dos testes custam. Custam tempo, mas também custam dinheiro. Estás disposto a gastar com o erro? Já me aconteceu gastar créditos em ferramentas de IA, pagar pedidos de testes a agentes externos para perceber, mais tarde, que aquela lógica estava errada desde o início.
E o pior? Esses erros doem. Porque não são só erros técnicos. São erros que nos fazem sentir que não estamos a avançar, que andamos em círculos, que talvez estejamos a complicar demais ou a ser pouco específicos.
Mas se há algo que aprendi, com algum amargo, mas também com clareza, é isto: cada erro ensina o que não fazer. E isso, por si só, é progresso.
Há testes que falham. Mas também revelam.
No início comecei logo a testar o fluxo com a ideia de poder ir ajustando o que não me parecesse bem…
Doeu. Porque eu tinha acreditado naquele fluxo e naquela forma de fazer.
Mas depois percebi: aquilo não era uma falha da IA, era uma falha minha, de definição, de briefing, de não ter previsto todas as nuances humanas daquele tipo de conteúdo.
E isso mudou a forma como devo trabalhar, como visualizo a jornada e como deixo espaço para personalização dentro da automação.
Próximo passo? Validar antes de construir
A minha prioridade para começar a criação de conteúdo com automação agora não é fazer funcionar, é testar as decisões mentais que já tomei. Validar os fluxos, simular percursos, e só depois, só depois, abrir o Make ou o N8N.
O que estou a aprender é que o verdadeiro ganho da automação não está em fazer mais. Está em pensar melhor. Em construir uma lógica tão clara, que qualquer ferramenta se limita a executá-la sem esforço.

Se estás como eu, a meio do caminho, lembra-te:
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Erra rápido, mas aprende devagar
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Não te apaixones pelas ferramentas, apaixona-te pelo processo
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Antes de automatizar, visualiza. Antes de executar, entende. Antes de escalar, valida.
Este artigo vai continuar, porque o processo também continua. Mas se te ajudou a parar, respirar e pensar antes de construir… então já valeu a pena.